Muro de contenção de uma obra cedeu em rua da Vila São José.
Construtora alojou cerca de 160 moradores em hotéis da cidade.
Os cerca de 160 moradores que tiveram que deixar suas casas após parte do muro de contenção de uma obra ceder na Vila São José, em Taubaté, interior de São Paulo, ainda não sabem a real gravidade do problema e se há algum perigo de perderem seus imóveis.Na manhã de domingo (17), um deslizamento de terra causou o desabamento de parte de duas casas e deixou danos estruturais em construções vizinhas.
A escrevente Celina Oliveira, de 49 anos, disse que tomou um susto quando pediram para que ela deixasse seu apartamento, que fica em um prédio ao lado da obra.
“O engenheiro do prédio acordou a gente. Tivemos dez minutos para sair e tivemos que ir de pijama tirar o carro da garagem”, disse ao G1.
Os moradores que tiveram que sair de suas casas estão hospedados em três hotéis da cidade. As diárias estão sendo pagas pela construtora Ergplan, responsável pela obra. Mesmo assim, a escrevente reclama de não ter respostas sobre o caso.
“Pegaram nossos telefones, mas não sabemos quando ou se poderemos voltar para casa. Pagar o hotel não é mais do que a obrigação”, afirmou.
Já o pintor Paulo Bastos, de 33 anos, disse que a construtora já sabia que havia riscos no local. “Um dia antes do caso tentaram remediar, segurar com uma lona preta, mas não conseguiram. Aí choveu e caiu tudo. Eles sabiam que podia cair”.
O casal de empresários Elvis Blaine Agostinho e Rossana Teixeira Agostinho tiveram que fechar as portas da Academia Fenix, da qual são proprietários. O imóvel foi interditado pela Defesa Civil e parte da sala de ginástica, um dos espaços da academia, desabou.
“O prejuízo é enorme e não só naquilo que perdemos com o desabamento. São mais de mil alunos na academia e não sabemos quando podemos voltar a funcionar. Tivemos que deixar funcionários na porta avisando que a academia está fechada e podemos perder alunos”, disse Elvis.
Outro lado
O diretor da Ergplan, Carlos Eduardo Severo, disse que ainda não sabe o que pode ter provocado o problema, mas que parte dos moradores talvez possa voltar para casa ainda nesta segunda-feira.
“No momento ainda não posso dar certeza de tudo o que aconteceu. Temos quatro técnicos e dois assistentes averiguando o que de fato aconteceu. O edifício Daniela está em observação, mas não houve deslocamento dele. A academia vamos diagnosticar e tentar liberar parte para uso. Acredito que 80% dos moradores devam voltar para suas casas ainda hoje”, explicou.
Além disso, ele disse que a empresa irá arcar com as responsabilidades provocadas pelo problema. “Quanto às perdas temos que conversar, mas nesse primeiro momento nos preocupamos com a vizinhança e em dar conforto aos moradores”, disse.
FONTE: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/02/desalojados-por-falha-em-obra-temem-perder-imoveis-em-taubate.html

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