terça-feira, 12 de março de 2013

Casos de mortes no trânsito de 2012 seguem sem solução em Taubaté


Família de vítima do bairro Gurilândia fez manifestação nesta quinta-feira.
Trânsito no Vale do Paraíba matou um e feriu 20 no ano passado.


A violência no trânsito tem apresentado dados bem próximos dos casos de homicídio na região do Vale do Paraíba. Foram 365 mortes no trânsito e 450 homicídios em 2012, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP). O levantamento mostrou ainda que 7.289 pessoas ficaram feridas no trânsito, o que dá uma média de 20 feridos diariamente.

Dois casos que aconteceram no ano passado, em Taubaté, seguem sem solução. Nesta quinta-feira (7), parentes de um aposentado atropelado em novembro do ano passado no bairro Gurilândia protestaram pedindo paz no trânsito e reclamando da demora nas investigações.
Com faixas pedindo justiça, o grupo se concentrou em frente à delegacia seccional da cidade. José Telesfero da Paz, de 69 anos, morreu no dia 22 de novembro, três dias depois de ser atropelado, enquanto atravessava no bairro onde morava. Ele foi socorrido, mas teve traumatismo craniano e não resistiu.

Parentes e amigos ainda esperam uma resposta. “Como se fosse um animal, ali, atropela não acontece nada e se torna uma coisa normal hoje em dia”, disse Laudenice Aparecida da Paz, filha do aposentado.
De acordo com o filho da vítima, Isaías da Paz, a família trabalhou para auxiliar a polícia. “Levamos o endereço do motorista para o delegado, testemunhas que a gente levou lá no inquérito afirmam que ele estava em alta velocidade. A gente não precisa de dinheiro do motorista, a gente só quer que justiça seja feita”, relatou.

Uma hora e meia depois do início do protesto, os manifestantes foram recebidos na delegacia. “Segundo o delegado, ele está esperando uma perícia do CD. Essa perícia, já há quatro meses, a perícia não sai do CD”, contou Isaías.
Esse laudo do CD que o filho da vitima cita é o resultado da análise das imagens coletadas no momento do acidente. Segundo o delegado responsável pelo caso, Antônio Luís de Souza, o Instituto de Criminalística ainda não deu um parecer. “Ele vai me dar se o veículo estava na contramão, se tem placa de velocidade, qual é a preferencial naquela esquina, e, também, através da metragem, a velocidade que o veículo empregava”, afirmou. Só depois desse resultado o caso será encaminhado ao Ministério Público.

Ainda segundo a polícia, o motorista disse, em depoimento, que se distraiu com outro carro que abriu a porta. O IC não se manifestou sobre a demora no laudo do acidente.

Outro caso
Outra investigação que ainda não teve um desfecho é a da morte do motociclista Marcelo Santos Cardoso, de 25 anos. Também em novembro do ano passado ele morreu na Via Dutra em Taubaté, após um acidente com um delegado da Receita Federal.
Segundo testemunhas, a vítima teria sido arrastada pelo carro do delegado. Ele responde por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A Polícia Civil ainda não tem uma previsão de quando o inquérito será concluído.
Em contato com a produção da TV Vanguarda, o delegado da Receita Federal voltou a negar qualquer culpa no acidente e disse que ainda não prestou depoimento sobre o caso.

FONTE: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/03/casos-de-mortes-no-transito-de-2012-seguem-sem-solucao-em-taubate.html



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